Já estamos em novembro e o sentimento
de que o ano está chegando ao fim está presente e saltando aos nossos olhos, em
todas as lojas, ruas e mercados as cores estão vivas e brilhantes. O comércio
está a mil e tudo parece enfeitado para o natal. O vermelho e branco do bom
velhinho saltam aos nossos olhos. Eu particularmente amo esta época, adoro o
Natal, amo enfeitar a casa com bolas coloridas, luzinhas piscantes e muitos
adereços com Papai Noel (Acho tudo meio mágico). Desde muito pequena aprendi a
esperar pelo presente que o velho Noel deixava ao lado de minha cama nas noites
de natal. Era sempre muito difícil dormir, pois a ansiedade era grande, mas mamãe
sempre dizia que ele só viria quando dormíamos. Minha fantasia e esta magia foi
incentivada por minha família, não julgo os que não fazem isso, mas posso dizer
que foram épocas maravilhosas; E continuam sendo, hoje tenho dois filhos que
também curtem muito estes momentos, desde montar a árvore de natal, enfeitar a
casa, até a noite de 25 de dezembro. Quando criança, meus pais dispunham de
poucos recursos financeiros, então os presentes nem sempre eram os que eu
desejava, mas eu compreendia a justiça do Papai Noel, minha mãe explicou-me que
quem dava o dinheiro a ele para que comprasse nossos presentes eram nossos
pais, por isso eles deveriam ser proporcionais à renda familiar. Eu já deveria
ter uns oito ou nove anos quando pedi pela “milésima” vez uma Barbie, todas as
minhas amigas tinham, e eu: Nenhuma. Antigamente estas bonecas eram muito
caras. Mamãe me disse naquele ano que papai noel não poderia trazê-la (de novo),
mas que traria uma de suas amiguinhas. Obviamente fiquei um tanto decepcionada,
mas enfim era o possível para o momento. Contudo, na noite tão aguardada, eu
esperava minha boneca similar, quando de repente abri meus olhos e vi que havia
ganho uma Bárbie, lindíssima, com vestido azul de festa e com um colar de
muitas pedras brilhantes e coloridas. Foi certamente um dos momentos mais
mágicos de minha vida.
Os anos foram passando e de tanto as outras
crianças me dizerem que Papai Noel não existia, eu entendi que quem comprava os
presentes e os colocava ao lado de minha cama era realmente meus pais.
Entretanto esta magia permaneceu comigo, e por vezes mesmo sem esperar pelo bom
velhinho eu escrevia, secretamente claro, cartinhas com pedidos a ele, picava o
papel em mil pedacinhos e jogava ao vento pela janela de meu quarto. Acreditar,
crer, viver, ter esta fantasia estimulada só me fez bem, e ajudou a construir a
mulher que hoje aos trinta e quatro anos nunca deixa de acreditar em seus sonhos,
mesmo que para muitos olhos eles pareçam absurdos ou impossíveis. Vivamos o
Natal, lembrando de seu sentido real, que é a celebração do nascimento de
Jesus, mas também seus encantos e magia.
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