Quando criança acreditava em muitas coisas que hoje não acredito mais. Assim como não acreditava em outras que hoje acredito... Ossos do ofício de crescer!
Sempre me percebi uma menina desajeitada, feia, magricela, que não sabia desenhar, não tinha jeito para trabalhos manuais e tão pouco para os cálculos matemáticos. Cresci achando que minha vida seria a diplomacia e que por ser uma mulher bem sucedida e independente, não me casaria e não teria filhos. Observava que as pessoas ao meu redor que tinham este esquema familiar não pareciam muito felizes, o que denotava que não serviria para a vida de sucesso almejada por mim.
Estudei, fui sempre muito boa aluna, me graduei na Universidade, namorei alguns poucos rapazes, mas um dia conheci meu marido e minha vida mudou completamente. Eu resolvi que queria casar, e logo em seguida eu percebi que queria ter filhos também.
A loucura toda foi rápida e certeira, casamos e logo tivemos dois filhos. A vida profissional de sucesso ganhou novos parâmetros e outros olhares. Percebi que o que mais me fazia feliz era cuidar dos meu filhos e da minha casa. Mas como assim? Nos dias de hoje uma mulher inteligente sendo "apenas" dona de casa e "mãe"? Realmente é possível, e hoje ser assim é andar contra a maré. Optei por fazer o que me faz feliz, e dentre estas descobertas que a maternidade e a tranquilidade de fazer meus horários e trabalhar em casa, me trouxeram, foram talentos que jamais imaginaria que tivesse: faço artesanatos e agora estou aprendendo a costurar (utilizando muito de meu raciocínio lógico). Estou amandooooo! Deixei de ser uma mulher moderna e atualizada? Sou uma mulher menos inteligente ou intelectualizada por isso? Nãooo!
Eu só optei simplificar as coisas e apertei o botão do "ser feliz".
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